O Semae utiliza, desde 2017, a telemetria na sua Política de Combate a Perdas de Água. Informações de poços e reservatórios, como nível de água, grandezas elétricas e vazão de produção e distribuição são fornecidas em tempo real à CCO – Central de Controle e Operação. A partir do uso da telemetria, o Semae adquiriu opera 100% dos reservatórios do município.
Atualmente, as perdas de água produzida pela autarquia são 20,98%. Desse total, 10,30% são perdas comerciais – problemas nos hidrômetros e fraudes. Os outros 10,68% são perdas físicas. Essa porcentagem insere o Semae entre os municípios com nível de excelência no combate a perdas de água, de acordo com o Instituto Trata Brasil.
Segundo o coordenador de Operação e Distribuição do Semae, Luis Fernando Quintino, a telemetria é a transmissão de dados operacionais de forma remota. Os dados são enviados à CCO, por meio de fibra ótica. Em Rio Preto, foi implementado um anel de telecomunicações, em pontos estratégicos do município, que permite o tráfego de referências entre os poços e os reservatórios e a Central. No momento, são monitorados 172 macromedidores, 161 sistemas, 80 poços e 3 VRPs – Válvulas Redutoras de Pressão.
“O uso e o constante aprimoramento da telemetria contribuem para a diminuição da insatisfação dos usuários, uma vez que o tempo de resposta entre um problema detectado pela CCO, via telemetria, e sua resolução também diminuiu. Ao agir com mais assertividade e precisão, necessitamos de menos tempo para substituir uma peça com debilidade ou reparar um vazamento, de modo a não comprometer as necessidades dos usuários”, declarou.
O agente de Saneamento do Semae, Rafael Zerunian destacou que telemetria auxilia no prolongamento da vida útil de equipamentos. “A compilação dos dados obtidos gera informação da situação dos poços e dos reservatórios. Quando detectamos alguma anomalia, substituímos algum equipamento, como bombas. Fazemos uma gestão ativa dos equipamentos, de modo que houve uma redução de custos operacionais”, disse.
Painel com as informações dos reservatórios
História
Em 2015, técnicos de operação e distribuição e do comercial do Semae foram convidados para realizar uma inspeção de aquisição de hidrômetros, no município de Montes Claros e Bocaiúva, estado de Minas Gerais. Na ocasião, os servidores conheceram a fábrica de hidrômetros da SAGA e também um ponto de telemetria a 80 quilômetros de Bocaiuva chamado Rio da Onça, no sertão mineiro, que é afastado de recursos.
“O que mais chamou a nossa atenção foi a medição da Central de Monitoramento. A cada um minuto, chegava à Central a informação do ponto. Isso nos intrigou bastante, uma vez que, no local, não tinha energia e muito menos uma rede de ethernet, havia simplesmente um poste médio e uma pequena placa solar”, concluiu Luis Fernando Quintino.
No primeiro momento, a autarquia instalou 60 pontos de telemetria em Rio Preto. A nova infraestrutura de telecomunicação viabilizou o acompanhamento, à distância, dos reservatórios.
Texto: Tarciso Amorim/Departamento de Comunicação
Imagens: Divulgação/Semae
Publicado dia: 27-12-2023
